Carregar bateria vícia o notebook? Saiba como e quando carregar-lá
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Saber como e quando carregar a bateria do notebook é fundamental para evitar dúvidas em relação a determinados mitos. Por exemplo: alimentá-la à uma fonte de energia sem necessidade a deixa viciada? De acordo com a Battery University, instituição especializada no tema, a resposta é: depende. Cada componente químico possui especificidades e é preciso conhecê-las.
Os sistemas mais usados em notebooks atuais são os de lítio. As baterias Li-ion não exigem uma primeira recarga especial, bastando ficar cheia para ser usada. Elas não sofrem com o efeito memória, que caracteriza-se pela progressiva perda de capacidade das células em guardar energia caso a bateria seja recarregada antes de se esgotar completamente.
Pelo contrário, o ideal, neste caso, é sempre manter alguma carga para evitar o desligamento do circuito de proteção. As recargas parciais não causam danos e, na realidade, são preferíveis a cargas completas. Além disso, os carregadores desligam sozinhos quando essas baterias chegam ao limite, o que significa que não há sobrecarga ou “vícios”.
Por outro lado, o hábito de carregar o laptop com ele em uso é condenável. Isso sim pode gerar sobrecargas, pois o sistema de detecção de carga é comprometido. Para reajustá-lo, descarregue e recarregue a bateria, procedimento que pode ser repetido de um a três meses.
Quando não estiver usando a bateria, o ideal é guardá-a em um lugar fresco e parcialmente carregada. É normal o dispositivo aquecer durante o carregamento, mas ele não deve ser feito se a temperatura ambiente estiver abaixo de 0º C ou acima dos 50º C.
Apesar das diferenças entre os modelos, há semelhanças que afetam a todas as baterias. Temperaturas mais frias, por exemplo, ajudam a retardar a corrosão de seus componentes, aumentando sua vida útil.
Outra dica que serve para todas as baterias é evitar uso abusivo. Nem sempre isso é possível, mas o usuário deve lembrar que, como em qualquer máquina, há maior desgaste quando o dispositivo é exposto a situações extremas. Descarregá-la bruscamente ou recarregá-la com altas correntes pode ser nocivo à peça.
Por Raquel Freire