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10/01/2015

Saiba como se proteger das doenças de pele no verão

Saiba como se proteger das doenças de pele no verão

OLYMPUS DIGITAL CAMERAO verão é sem dúvida a estação mais esperada, principalmente na Bahia, onde não faltam opções de belas praias e muito sol. Mas, nem tudo é festa na estação mais quente do ano. O calor e a umidade característicos desse período favorecem o aparecimento ou até mesmo o agravamento de algumas doenças de pele.

Entre as mais comuns destacam-se a insolação, queimaduras, micoses, acne solar, brotoeja, sardas, manchas e herpes labial. De acordo com a dermatologista Andrea Botto, alguns cuidados tornam-se essenciais para se manter livre de doenças. Evitar exposição solar entre 9h e 15h é fundamental para curtir a temporada com alegria e saúde.

Redobrar o cuidado com o uso do protetor solar é essencial – para evitar câncer de pele, insolação, queimaduras e acne solar- lembrando que cada tipo de pele necessita de um produto específico orientado por um especialista.

A escolha do produto adequado também é importante. Deve ser evitado filtro solar com muito óleo, pois pode prejudicar a pele porque favorece o aparecimento de acne. No verão até a própria oleosidade natural da pele aumenta, porque se produz mais secreção sebácea, que causa o entupimento dos poros e consequentemente as espinhas.

Além disso, é preciso associar o uso de protetor com acessórios como óculos e chapéus. “Mesmo a pessoa não se expondo diretamente ao sol, o uso e a reaplicação do protetor solar devem ser constantes. Usar boné ou chapéu, camisas de manga longa com filtro solar e óculos complementam a proteção”, orienta a médica. A dermatologista também chama atenção para os cuidados com a aplicação do protetor solar. “É necessário passar o protetor por todo o corpo, inclusive, nos pés e orelhas, áreas muitas vezes esquecidas. Por conta disso, a incidência de câncer de pele na orelha é alta” alerta.

Muita gente acaba se descuidando e é comum que ocorra a insolação, após a exposição solar em excesso. A pessoa com insolação pode apresentar queimadura na pele, náusea, vômito, febre e desidratação.

Para tratar os sintomas é necessário tomar bastante líquido, consumir frutas, alimentos leves e hidratar também a pele com cremes adequados. Caso os sintomas persistam, é necessário procurar um médico. Em alguns casos pomadas a base de corticoides de potência leve são indicadas. Mas apenas com orientação médica.

Andréa chama atenção para o cuidado com as crianças. Elas são mais vulneráveis a desidratação e a doenças como brotoejas. Além da hidratação constante e uso de protetor solar, bebês e crianças devem usar roupas mais leves e evitar locais abafados, que causa a sudorese excessiva e, consequentemente, brotoejas.

“A doença é caracterizada por pequenas bolinhas na pele e geralmente aparecem devido ao contato da pele com o suor nas dobrinhas da pele, inclusive das roupas. As brotoejas surgem por conta do entupimento das glândulas sudoríparas. Quando a obstrução é simples, as bolhas são transparentes e na maioria das vezes não coçam. Se o caso de obstrução for mais profundo, as bolhas são avermelhadas e coçam, causando grande desconforto”, explica Dra. Andrea.

As micoses também são comuns no verão, pois são causadas por fungos que se favorecem do calor, da umidade, e da baixa imunidade e se manifestam na pele, couro cabeludo, virilha, pés, axilas e nas unhas. “Micoses são infecções causadas por fungos – que se reproduzem ao encontrar calor, umidade e baixa imunidade – e alimentam-se da queratina presente nas áreas afetadas. Hábitos simples de higiene são fundamentais para evitá-las, entre eles, secar-se corretamente após o banho, utilizar somente o seu material de manicure e evitar uso constante de sapatos fechados. Também é importante não permanecer com a roupa molhada por muito tempo e transitar descalço em pisos úmidos, como lava-pés, saunas e vestiários”, aponta a especialista.

Entre as doenças recorrentes do verão também consta o vírus do Herpes simples 1 e 2, infecção na região da boca e genitália. Embora não tenha o calor ou o sol como causa, quando os raios solares fragilizam a epiderme, há diminuição das defesas do corpo, ou seja, a imunidade cai, e o vírus se manifestam através de feridas, na região da boca e genitais, gerando muito desconforto com dor e coceira.

“Infelizmente não há um tratamento definitivo, entretanto, inúmeros remédios ajudam a reduzir sintomas e riscos de complicações. O cuidado com a exposição solar deve ser constante. Após a manifestação da doença, se não houver cuidados, a área infectada pode piorar e ficar manchada. Ações simples como não compartilhar objetos utilizados por pessoas com herpes, no período de lesão em atividade, diminuem o risco de contaminação”, alerta.

Manchas e sardas brancas, causadas pelo excesso de exposição solar nas áreas da face, dorso, mãos, braços, colo e ombros, completam a lista das doenças de pele provinientes da exposição solar. “Elas surgem com o tempo, fruto da ação cumulativa da radiação solar. As manchas, geralmente pequenas, tem a coloração escura, entre castanho e marrom. Já as sardas brancas, surgem em áreas expostas de forma prolongada e repetida ao longo da vida. Ambas podem ser evitadas com o uso do protetor solar e exposição excessiva ao sol. Podem ser tratadas por um dermatologista”, explica Dra. Andrea Botto.

Apesar de benignas, essas lesões devem ser acompanhadas regularmente por um dermatologista. Vale lembrar que 75% da radiação solar que pode prejudicar a pele ocorrem até os 20 anos de idade. Ou seja, o sol que você tomou até os 20 anos é suficiente para provocar todos os problemas de pele que venha desenvolver ao longo da vida. As horas de bronze sem proteção solar na adolescência podem resultar em um câncer de pele na idade adulta.

Por Tarsilla Alvarindo

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