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22/08/2016

Psirico gravará hits político-sociais que retratam a realidade

Psirico gravará hits político-sociais que retratam a realidade

CSC_1032Faltando um mês para o início da temporada de verão na Bahia, as bandas de Salvador já iniciaram suas mobilizações para ensaios, novos projetos e “músicas do Carnaval”. Uma delas é o Psirico e seu vocalista, Márcio Victor, que, em conversa com o Bahia Notícias nos bastidores da gravação do DVD de Tierry, contou algumas novidades para os fãs da banda. “Eu não tô fazendo pressão, mas eu acho que já tenho uma música do carnaval aí de novo. (Risos) É que a gente vai gravar um disco agora, que vai ser diferente dos outros anos, que a gente lança desde abril. A gente vai lançar no fim de novembro, em dezembro, na boca mesmo. Porque a gente sabe que essa música vai bater certo”, disse o artista.

Para ele, a banda precisa desapegar da “fórmula” que teria dado certo com as canções “Lepo-Lepo” e “Tem Xenhenhém” e se reconstruir na música e no discurso. “Vamos falar de novo sobre religião, melhorias sociais pro nosso povo, metendo pau em político que não presta, falando de oportunidades”, explicou Márcio, deixando escapar que o tema para a folia de momo do Psi já está escolhido e que vai ser relacionado a essa vivência social que quer trazer para a banda durante a temporada 2016/2017.

“Precisamos usar toda a nossa alegria para falar de assunto sérios. Se torna vexame ser brasileiro e ver a quantidade de medalhas que temos em uma Olimpíada aqui dentro. Mas o vexame e falta de medalhas é na vida toda, tem tanto pretinho querendo dar certo e ainda tem preconceito de cor… tem gente matando, metendo pau em polícia. Se a gente não colocar o pé, falar disso no carnaval que é quanto a gente tem mais visibilidade, a gente vai fazer ‘oba-oba’ da carreira e não é isso que a gente quer. Queremos marcar”, problematiza ele. A banda Psirico, historicamente, já abordou problemas sociais em suas canções, como em “Firme e Forte” e “Ave Márcio Victor”, porém nos últimos anos emplacou hits sem o mesmo cunho. Por Aymée Francine.