Whatsapp: Aplicativo adia mudança de novos termos de privacidade
Aplicativo é notificado pelo Procon-SP que pede uma explicação com base legal para que esta mudança aconteça
Não é desta vez que as políticas de privacidade do Whatsapp entram em vigor. Quer saber por que?
O Whatsapp recua ao tentar implementar os novos termos de suas políticas de privacidade, logo após ser notificado pelo Procon-SP nesta sexta-feira (15).
Assim o Whatsapp mudaria para todos seus usuários seus termos no dia (08/02), mas agora ocorreu um adiamento para o dia (15/05). Tais medidas foram duramente criticadas pelos usuários.
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Entenda o caso
Para quem é usuário do aplicativo de mensagens Whatsapp, se deparou com uma notificação onde você deveria aceitar o compartilhamento de dados com o Facebook.
Inesperadamente vinha a grande surpresa desagradável, pois caso o usuário não aceitasse a nova política de privacidade, sua conta no Whatsapp ficará indisponível.
Contudo, tudo voltaria ao normal a partir do momento em concordasse com os termos.
Segundo as informações veiculadas na web, esta mudança vem com o propósito de viabilizar maio integração com o Facebook e Instagram, ambos de Mark Zuckerberg.
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Apesar de que tal processo de integralização já houvesse sido anunciado, isto não agradou os usuários.
Por exemplo, estas informações compartilhadas pelo Whatsapp servem para exibir anúncios personalizados.
De acordo com a nova política, ainda é possível incluir a personalização de recursos, sugestões de amigos, conexões de grupo e conteúdos, tudo isso para melhorar a experiência do usuário.
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Entretanto, o Whatsapp afirma que o conteúdo das conversas, mensagens, fotos, vídeos e áudios continuarão criptografados de ponta a ponta protegidos e com acesso restrito.
Assim também existe a promessa de facilitação de pagamento de compras pelo WhatsApp, com o Facebook Pay.
Inegavelmente esta é uma mudança de comportamento do Whatsapp, pois no momento de sua compra pelo Facebook em 2014 há a garantia total de privacidade dos usuários.
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Assim, com a premissa de compartilhar os dados dos usuários com empresas parceiras do Facebook, esta novas políticas do Whatsapp ganhou a atenção de várias instituições reguladoras pelo mundo.
Nesse hiato, até o último dia para aceitar as políticas de privacidade, o Procon-SP notificou o Facebook para esclarecimentos.
Através de uma nota ao portal TechTudo, um porta-voz do WhatsApp salienta que “está à disposição para prestar os esclarecimentos necessários ao Procon-SP”.
Assim sendo o Whatsapp tem o prazo de 72 horas para se explicar ao Procon-SP à respeito desta mudança em sua política de privacidade.
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Como resultado o Whatsapp deve explicar as mudanças frente à Lei Geral de Proteção aos Dados (LGPD) e ao Código de Defesa do Consumidor.
A lei LGPD passou a vigorar no país em setembro do ano passado e estabelece que os consumidores possuem o direito de controlar suas informações.
Por conseguinte o Código de Defesa do Consumidor protege os consumidores de métodos comerciais coercitivos e clausulas desleais.
Oficializado o adiamento para o dia (15/05), o Whatsapp assegura que nenhum usuário terá sua conta suspensa no próximo dia (08).
Nesse meio tempo os usuários terão mais tempo para conhecer as novas regras de privacidade do aplicativo acredita o WhatsApp.
O aplicativo ainda reafirma que não coleta dados de mensagens nem chamadas, e não compartilha os contatos do mensageiro com a rede social.
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Dessa forma o Whatsapp diz que a principal mudança na atualização dos termos de uso é o compartilhamento dos dados do usuário com empresas parceiras do Facebook.
Nestas informações incluem seu número pessoal de telefone, marca, modelo e número de IP do celular e informações sobre a empresa de telefonia.
Em sua defesa WhatsApp relata que esta alteração acontecerá com a finalidade de trazer mais transparência sobre como a empresa coleta dados ao entrar em contato com um negócio pelo aplicativo.
Não só o que já foi informado, mas também o “visto por último” e “online” dos status, dados sobre o tempo de uso no mensageiro e as atividades do usuário no WhatsApp poderão ser compartilhados.
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Em conclusão, o usuário é obrigado a concordar com as mudanças de privacidade, caso deseje continuar utilizando o WhatsApp.
Em virtude de toda esta repercursão o Procon-SP espera uma explicação do Facebook, e qual a base legal capaz de fundamentar o compartilhamento dos dados entre as plataformas.
O órgão também elucida que, se a base legal for a do consentimento dos usuários em concordar com a medida, ela deve ser feita de forma livre, sem a obrigatoriedade imposta nas novas políticas de privacidade.
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