Big data é opção para empresas de todos os segmentos e portes, diz especialista
10/5/2022 – Esse modelo [big data] proporciona mais precisão nas decisões, mais produtividade e, consequentemente, menos custos operacionais
Mais de 70% dos executivos reconhecem importância dos dados, mas só 28% usam de forma correta; para empresário, big data traz agilidade e assertividade para tomadas de decisão
A utilização de big data tem sido cada vez mais levada a sério no ambiente corporativo. O conceito diz respeito a análise de grandes quantidades de dados, permitindo a identificação de padrões e tendências.
De acordo com dados de um estudo global encomendado pela Dell Technologies e realizado pela Forrester Consulting, 73% dos executivos reconhecem que os dados são essenciais para uma empresa, conforme indicativos de um estudo global encomendado pela Dell Technologies e realizado pela Forrester Consulting. Ainda assim, apenas 28% dos negócios são capazes de tratar os dados de forma assertiva e transformá-los em informações relevantes.
Ainda de acordo com a pesquisa, para 43% dos participantes, a crise sanitária ampliou de forma significativa o volume de dados que demandam coleta, armazenamento e análise por parte dos empreendimentos. A sondagem entrevistou 4 mil diretores e tomadores de decisão em empresas de 45 países, entre eles o Brasil, em maio do ano passado.
Para Marcelo Menezes, cofundador da Lean Solutions, empresa que atua com treinamentos corporativos e transformação digital, o uso de big data para empresas é importante porque ajuda as organizações a aproveitarem seus dados e usá-los para identificar janelas de oportunidades ou lacunas nos processos empresariais
“Toda empresa, seja micro ou multinacional, possui um volume considerável de dados. A todo momento são deixados registros do modo de consumo em produtos e serviços. O que será feito com esses dados é o que irá diferenciar uma empresa de sucesso nos próximos anos”, considera.
Big data traz agilidade e assertividade para tomadas de decisão
Na visão de Menezes, o uso de big data pode gerar mais competitividade e produtividade para uma empresa. Isso porque, historicamente, as análises eram feitas por meio de comportamentos de semanas, ou, até mesmo, anos passados. Com o modelo de big data, as análises são feitas quase que em tempo real, permitindo decisões mais assertivas, modelos preditivos e identificação de problemas-chave.
“Esse modelo [big data] proporciona mais precisão nas decisões, mais produtividade e, consequentemente, menos custos operacionais. Além de tornar mais claro os caminhos que devem ser tomados pelos diferentes setores da empresa”, complementa.
O empresário conta que há diversas soluções de big data no mercado atualmente e que cada setor de uma empresa possui suas próprias ferramentas para proporcionar as informações determinantes para suas métricas e resultados-chave.
“Em destaque, podemos trazer os CRM (Customer Relationship Management, na sigla em inglês – Gestão de Relacionamento com o Cliente, em português) para gerenciamento da carteira de clientes, as ferramentas de automação de marketing, como e-mail, mensagens e chatbots, e os servidores para concentração dos dados operacionais de máquinas”, detalha.
Contudo, acrescenta, toda essa informação precisa ser tratada e apresentada de forma simplificada. “Para isso, softwares como o Excel e o Power BI são capazes de produzir relatórios de acompanhamento. Com destaque para o Power BI, que é capaz de gerar painéis interativos de atualização automática dos dados”.
Por fim, Menezes destaca que existe uma grande demanda por profissionais capazes de gerenciar e desenvolver ferramentas de big data. “Essa demanda só deve aumentar nos próximos anos, visto que as decisões baseadas em dados se tornarão cada vez mais determinantes para o sucesso das empresas”.
De fato, a demanda por profissionais de dados vai a quase 500%, com salários que chegam a R$ 22 mil, conforme dados de um balanço da Intera, startup baiana de recursos humanos, divulgados pelo Canaltech. O levantamento indica que a abertura de vagas voltadas aos dados no país cresceu 485% no primeiro semestre de 2021 em comparação a igual período do ano precedente. A sondagem entrevistou 4 mil profissionais, como analistas, engenheiros e cientistas de dados de 34 companhias.
Paralelamente, uma projeção da Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação) mostra que, entre 2019 e 2024, o setor deve demandar 420 mil novos profissionais, ao passo em que cerca de 42 mil pessoas se formam na área a cada ano no país.
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