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29/07/2022

Plataforma móvel 5G é a revolução da banda larga, diz pesquisador de tecnologias

Plataforma móvel 5G é a revolução da banda larga, diz pesquisador de tecnologias

29/7/2022 – O desafio é aproveitar o momento para participar da cadeia de produção da 5G, produzindo inovação, conteúdos, aplicativos, serviços e produtos

Quinta geração das redes móveis chega a três capitais em 29 de julho (29); engenheiro e especialista fala sobre as novas oportunidades de tecnologia que o 5G pode oferecer

Dados da pesquisa anual “Uso da TI – Tecnologia de Informação nas Empresas”, da FGV (Fundação Getúlio Vargas), revelam que há cerca de 242 milhões de smartphones em uso no Brasil, uma média de mais de um dispositivo por habitante. Em um país com ampla adesão digital, a chegada do 5G – a quinta geração das redes móveis, que deve suceder a rede 4G, promete revolucionar a relação dos brasileiros com o mundo virtual.

Segundo informações da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações), Belo Horizonte (MG), João Pessoa (PB) e Porto Alegre (RS) devem receber a tecnologia a partir de sexta-feira (29).

As capitais atendem às condições necessárias para a execução da faixa de 3,5 GHz, ao contrário de São Paulo (SP) que, conforme declaração do presidente do grupo responsável por acompanhar a implementação do 5G no Brasil, Moisés Moreira, “ainda não cumpriu as condições necessárias que consistem no início das atividades”, contrariando o que tinha sido previsto pelo Ministérios das Comunicações e a Anatel no início de julho.

Brasília (DF) foi a primeira cidade do país a receber a tecnologia, em 6 de julho de 2022. Segundo a Anatel, todas as capitais devem receber a frequência até o dia 29 de setembro. Para os municípios que possuem população igual ou superior a 500 mil habitantes, a previsão de liberação é a partir de 1º de janeiro de 2023.

Lenardo José Saraiva de Castro, sócio da Lca Negócio em Inovação Tecnológica, engenheiro formado pelo ITA (Instituto Tecnológico de Aeronáutica) e pesquisador de tecnologias, explica que a tecnologia 5G amplia a conectividade, introduz a ultrabaixa latência, bem como uma altíssima velocidade de conexão, a um custo menor. Por meio da inovação, coisas, máquinas, carros e pessoas estarão conectadas on-line em alta velocidade.

“A 5G impacta toda atividade econômica e sua cadeia deve gerar 23 milhões de empregos, acrescentar, até 2035, US$ 13.1 trilhões (R$ 69,51 trilhões) na economia mundial e 256 bilhões (R$ 1358,31 bilhões) de investimentos em pesquisa e desenvolvimento pelos próximos quinze anos”, reporta Castro, citando dados do estudo Economic Impact Report, elaborado pela Qualcomm.

5G oferece novas oportunidades de tecnologia

O engenheiro de inovação explica que a capacidade massiva de conexão do 5G viabiliza a IoT (Internet of Things, na sigla em inglês –  Internet das coisas, em português). Assim, máquinas, equipamentos, sensores conectados e controle à distância devem transformar a indústria e os serviços.

“A ultrabaixa latência traz o que faltava para digitalização dos transportes, viabilizando a massificação dos carros autônomos. Já na telemedicina, o controle remoto crítico e preciso está disponível às inúmeras aplicações que exigem”, informa.

Segundo Castro, a velocidade de pico de 20 Gbps deve fazer com que as atuais conexões pareçam “coisa de museu”. Ele destaca que, no Brasil, a velocidade mediana de conexão móvel de dados é 22,77 Mbps, enquanto a mundial é de 31,01 Mbps, conforme o site Speedtest. “Essa velocidade é multiplicada por mil na 5G e vai reduzir um download de filme em UHD de 4G de tamanho, por exemplo, para menos de meio segundo”.

Segundo o especialista em inovação tecnológica, até a necessidade de download irá desaparecer com a conectividade, latência e alta velocidade da 5G. “Uma nova versão de laptops, computadores, tablets com tudo na nuvem, sem HD, disponibilizará conteúdos em tempo real. Aliás, o Brasil está atrasado na corrida do 5G, mais de 70 países já tem cidades conectadas com a quinta geração de redes móveis”.

Para Castro, com o 5G, as oportunidades são infinitas: “No país, temos uma das maiores densidades de equipamentos digitais do mundo e nos adaptamos muito bem às novas tecnologias”, pontua. “Agora, o desafio é aproveitar o momento para participar da cadeia de produção da 5G, produzindo inovação, conteúdos, aplicativos, serviços e produtos que rodem na plataforma. Afinal, o mercado de tecnologia brasileiro já é grande e viabiliza produtos e serviços para exportar para o mundo”, conclui.

Para mais informações, basta acessar: lenardo@lcaconsulting.com.br http://www.lcaconsulting.com.br/

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