Alimentação e Dor de Cabeça
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A dor de cabeça cujo nome científico é cefaléia, é uma sensação dolorosa na cabeça, pescoço e face. A preocupação dos profissionais da saúde vem aumentando, devido às conseqüências negativas para o bem-estar e produtividade do indivíduo (VINCENT, 1998).
É um dos sintomas mais relatados dentro de um consultório médico. Alguns estudos epidemiológicos estimam uma prevalência de até 92% na população (STOVNER, 2006), representando um prejuízo econômico importante, analisando não apenas os custos diretos no sistema de saúde, mas também os custos indiretos, vinculados ao absenteísmo e à perda de produtividade nas atividades diárias (BERG, 2006). E não é apenas uma característica observada nos adultos, por volta de 10,6% entre crianças de 5 a 15 anos e de 28% em adolescentes entre 15 e 19 anos apresentam cefaléias (ABU-AREFEH, 1994).
Enxaqueca
É uma dor de cabeça recorrente, que se caracteriza por sintomas como as crises de dores, fotofobia (aversão a luz), fonofobia (aversão a qualquer tipo de som), náuseas e vômitos. Ocorre em todas as raças e localizações geográficas, porém sua incidência é maior em mulheres (18%) do que em homens (6%) e entre as idades de 20 e 35 anos, sendo observado casos de remissão apenas na gestação e menopausa (SILVA, 2007).
Tipos de enxaquecas:
– Sem aura: classificada como enxaqueca comum, caracteriza-se por cefaléia unilateral ou generalizada, latejo, náusea, vômito e fotofobia (SILVA, 2007).
– Com aura: precedida por um episódio de aura sensorial ou visual com duração de 15 a 20 min. As auras são fenômenos neurológicos caracterizados principalmente por alterações visuais, tais como escotomas (pontos cegos), que aumentam e se espalham perifericamente, afetando o processo cognitivo cerebral. As alterações sensoriais da aura são geralmente caracterizadas por parestesias (sensações anormais de formigamento, dormência ou ardor) do braço e da face (SILVA, 2007).
Para o tratamento medicamentoso são utilizadas drogas como: bloqueadores β – adrenérgicos, antidepressivos tricíclicos, bloqueadores de canais de cálcio, antagonistas serotonérgicos, drogas antiepiléticas, alcalóides, antiinflamatórios não esteróides e drogas com ação baseada na fisiopatologia da enxaqueca (KRYMCHANTOWSKI, 1999).
Alimentação X Enxaqueca
As pessoas que apresentam enxaquecas podem apresentar sensibilidade a um ou mais fatores, sendo divididos em alimentares (desencadeado por um produto ou algum nutriente específico) e não alimentares (estímulo sonoro, solar, etc.) (MILLICHAP, 2002).
A alimentação pode ser a causa de aproximadamente 20% das enxaquecas. Veja a seguir algumas dicas de substâncias encontradas em alimentos que podem desencadear uma crise de enxaqueca:
– Aminas: Os alimentos que contêm aminas bioativas, tais como tiramina, feniletilanina, octamina, histidina e triptaminase podem desencadear crises (WALKER, 1996). Exemplos de alimentos ricos em aminas são: Queijos maturados, cerveja, casca de banana, embutidos, repolho fermentado, molho de soja e chocolate.
– Cafeína: Alimentos ricos em cafeína provocam a constrição das artérias, causando assim a crise de enxaqueca (MILLICHAP, 2002).
– Bebidas alcoólicas: Está relacionado ao conteúdo de histamina e tiramina (aminas) encontradas em vinho tinto e cerveja (MILLICHAP, 2002).
– Lipídios e ácidos graxos: Níveis elevados de lipídeos plasmáticos e ácidos graxos livres, como o ácido linoléico e o oléico podem estar envolvidos no desencadeamento das enxaquecas vasculares (MILLICHAP, 2002).
– Aspartame: É um dipeptídeo do ácido aspártico e um metil éster da fenilalanina. Usado como edulcorante em inúmeros alimentos dietéticos é umas das substâncias com maior número de relatos como desencadeante de crises de enxaqueca (SILVA, 2007).
– Nitratos e nitritos: Presente nas carnes curadas (salame e presunto), peixes em conserva, patês e caviar.
Para as pessoas que sofrem de enxaqueca, é fundamental o tratamento médico especializado para se identificar a causa e tratar o sintoma da forma correta. É importante ressaltar que as pessoas não devem se habituar a ficar com dor de cabeça, pois se trata de uma doença de fácil tratamento, o qual tende a melhorar muito a qualidade de vida dos pacientes. É fundamental também identificar as substâncias desencadeantes de crises e excluir da dieta. Evitar períodos de jejum pode ser uma solução para amenizar essa dor tão presente na população atual (SILVA, 2007).
Fonte: RG Nutri