Azeite de Oliva
Foram os fenícios, os sírios e os armênios os primeiros povos a conhecerem a oliveira, árvore cujo fruto é a azeitona. Só depois de muito tempo que os gregos, juntamente aos romanos, difundiram o azeite de oliva para a Europa e para o Ocidente. Na Espanha, os árabes disseminaram o cultivo da oliveira e as técnicas da produção do azeite.
As palavras azeite e azeitona são derivadas dos termos árabes az-zait e az-zaitunã, respectivamente.
Por muitos séculos, o cultivo das oliveiras ficou restrito a poucos países: Espanha, Portugal, Grécia, França e norte da África. Foi só no século XVIII que essa árvore passou a ser cultivada nos Estados Unidos e na Argentina pelos imigrantes espanhóis.
Existem várias lendas que narram o nascimento da oliveira. Uma relata que ela é resultado de uma disputa, por um pedaço de terra, entre os deuses Possêidon (deus do mar) e Atena (deusa da sabedoria) e a outra contada pelos hebreus, narra que a oliveira nasceu no monte Tabor, no vale do Hebron. Isso aconteceu quando Adão fez 930 anos e, pressentindo a sua morte, lembrou que o Senhor lhe havia prometido o “óleo da misericórdia”.
Foi então que um querubim enviou-lhe a semente da oliveira, que germinou na sua boca após a sua morte.
Não se sabe com exatidão quando o azeite foi produzido pela primeira vez, porém os mesopotâmios o usavam para untar o corpo com a finalidade de se protegerem do frio, há mais de 6 mil anos. Entre os séculos VII e III a.C., os filósofos, médicos e os historiadores perceberam que havia mais de um tipo de azeite de oliva. Data dessa época a sua primeira classificação e, é ainda nesse mesmo período que foram feitas referência às propriedades terapêuticas desse alimento.
O azeite de oliva é considerado o óleo vegetal mais saudável. A prova veio com um estudo de cientistas americanos, comprovando que realmente o azeite de oliva era a chave do mistério, pois o diferencial do azeite na prevenção de doenças é a sua quantidade de ácido oléico – um ácido graxo monoinsaturado.
Sabe-se que as doenças ligadas ao coração são as que mais matam a população e que o consumo exagerado de gorduras está intimamente ligado ao nível de colesterol sanguíneo. A utilização do azeite como a maior fonte de gordura da dieta é a melhor saída para quem não quer abrir mão do sabor das refeições e busca uma vida mais saudável.
Como se sabe, a gordura tem três tipos de ácidos graxos: saturado, monoinsaturado e poliinsaturado e é a proporção entre eles que determina a qualidade da gordura total ingerida. A banha de porco, por exemplo, tem mais gordura saturada, que não é nada saudável. Os óleos vegetais, como os de soja, milho e canola têm mais ácidos graxos poliinsaturados. O azeite de oliva é o principal representante dos monoinsaturados, com 83% de ácido graxo oléico, que além de ser o responsável pelo aroma e pela acidez do azeite, ajuda a manter os níveis de colesterol total dentro dos limites normais e aumenta os níveis de HDL (bom colesterol). O azeite controla o colesterol sérico, já que aumenta a taxa de secreção biliar, estimulando a digestão e a absorção das gorduras e das vitaminas lipossolúveis (vitaminas A, D, E, K). Quanto mais bílis é secretada, maior é a diminuição do colesterol sérico.
Outra vantagem, verificada pelos cientistas, baseados nas populações que historicamente só utilizam este tipo de óleo, é facilitar a digestão. O azeite tem boa digestibilidade, e por isso não dá a sensação de “empachamento”, além de ser um lubrificante nos intestinos, facilitando o seu funcionamento.
No entanto, como qualquer outra gordura, seu consumo deve ser moderado uma vez que apenas 1 grama azeite, ou de qualquer outro óleo, fornece 9 calorias, contra 4 por grama de proteínas e carboidratos.
Uma dieta balanceada deve fornecer aproximadamente 25% das calorias totais em forma de gorduras, estando elas presentes nas carnes, leite integral e outras preparações com óleos. Uma sugestão para um adulto seria uma colher de sopa de azeite por refeição, aproximadamente 90 Kcalorias por colher. O azeite pode ser utilizado cru, como tempero de preparações frias (saladas) ou como base de refogados e tempero de assados. Para a fritura, deve-se manter o controle de tempo e temperatura. Se o aquecimento do azeite estiver por volta de 180 º C, não há modificação química do mesmo, preservando-se, assim, suas qualidades nutricionais. Os demais óleos, em altas temperaturas, saturam suas ligações químicas, tornando-se inadequados para a saúde já que podem promover a elevação do colesterol no sangue, e ainda formam substâncias tóxicas (resultado do super aquecimento) que irritam a mucosa gástrica, dificultando a digestão. Este fato é muito comum no reaproveitamento de óleos de frituras.
Fonte: Rg Nutri
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