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03/09/2011

Conheça o Estudo “Falso Magro”, da Clínica Mayo

Conheça o Estudo “Falso Magro”, da Clínica Mayo

O índice de massa corporal, mais conhecido como IMC, é uma relação entre o peso e a estatura, sendo a forma mais utilizada para saber se uma pessoa está com um peso ideal, sinônimo de saúde. Essa relação classifica o indivíduo em baixo peso (desnutrição grau 1, 2 e 3), peso adequado (eutrofia) e acima do peso (sobrepeso grau 1, 2 e 3), segundo a Organização Mundial da Saúde.

Porém, em uma pesquisa realizada na Clínica Mayo nos Estados Unidos com mais de 2000 adultos, divididos igualmente entre homens e mulheres e que tinham um peso adequado (IMC entre 18,5 e 24,9 Kg/m2), foi possível verificar que muitos dos adultos que se encontravam dentro de um peso adequado apresentaram uma alta porcentagem de gordura corporal e distúrbios metabólicos ligados a doenças cardíacas, que é a doença que mais causa mortes em todo o mundo. Também foi observado nesses indivíduos alterações bioquímicas que podem afetar a saúde cardíaca e o metabolismo, com problemas no perfil lipídio (colesterol), aumento da leptina (hormônio envolvido na regulação do apetite), aumento da resistência à insulina e na prevalência de síndrome metabólica, caracterizada pela associação de fatores de risco para as doenças cardiovasculares, vasculares periféricas e diabetes, como resultado de uma alimentação inadequada e sedentarismo. Essa informação entra em conflito com a crença de que a simples manutenção do peso corporal é um sinal de saúde. Os pesquisadores nomearam as pessoas que apresentam peso normal, mas com distúrbios metabólicos de “obesos com peso normal”. A importância da manutenção do peso ideal é conhecida por todos, porém estudos recentes sugerem que a classificação de uma pessoa como “peso saudável” vai além de uma relação entre o peso e a estatura, devido ao fato do IMC ser um índice genérico e não diferir massa magra, gordura corporal e massa óssea. Segundo o cardiologista Francisco Lopez-Jimenez (autor da pesquisa), é fundamental a utilização de medidas como a circunferência da cintura, do quadril e avaliação da porcentagem de gordura corporal através de dobras cutâneas, como medidas mais confiáveis para fatores de risco de doenças. O estudo concluiu que o índice de massa corporal não deve ser a única ferramenta para se classificar uma pessoa como saudável, sendo fundamental a utilização de outras avaliações que possam levar a uma classificação mais precisa sobre a saúde do indivíduo. Este trabalho foi apoiado pela “Mayo Foundation for Medical Education and Research” e pela “American Heart Association”. Outros membros da equipe de pesquisa incluem Abel Romero-Corral, M.D., o primeiro autor; Simona Boarin, M.D.; Justo S. Johnson; Virend K. Somers, M.D., Ph.D., todos pertencentes ao Campus da Clínica Mayo em Rochester, Minn.

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