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29/01/2015

Dia mundial da Hanseníase tem ação preventiva em Itamaraju

Dia mundial da Hanseníase tem ação preventiva em Itamaraju

É comemorado no último domingo do mês de janeiro o dia Mundial de Combate a Hanseníase. Para marcar a data foi feito uma ação de prevenção na Praça Castelo Branco em Itamaraju na manhã desta quinta-feira (29), de como combater a doença e o preconceito que sofre o portador de hanseníase.

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A secretaria de saúde do município em parceria com a vigilância Epidemiológica esteve juntas na realização desta ação de suma importância para sociedade local.

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Panfletos instrutivos foram distribuídos para os transeuntes além da orientação dos profissionais da saúde. A enfermeira Marleide Monteiro responsável pelo programa contra hanseníase nos disse que qualquer diminuição de sensibilidade, procure o posto de saúde mais próximo para que se interrompa a cadeia de transmissão.

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Saiba mais sobre a hanseníase e previna-se:

1. O que é?

Doença infecto contagiosa, crônica de grande importância para a saúde pública devido à sua magnitude e seu alto poder incapacitante.

2. Qual o microrganismo envolvido?

Mycobacterium leprae, também conhecido como bacilo de Hansen é um parasita intracelular obrigatório que apresenta afinidade por células cutâneas (pele) e por células dos nervos periféricos.

3. Qual a classificação da hanseniase?

A hanseníase, para fins de tratamento, pode ser classificada em:
Paucibacilar: de 1 a 5 lesões de pele(baixa carga de bacilos)
• Multibacilar: > de 5 lesões de pele (alta carga de bacilos).

4. Quais os sinais e sintomas?

Manchas esbranquiçadas, avermelhadas ou amarronzadas em qualquer parte do corpo com perda ou alteração de sensibilidade;
Área de pele seca e com falta de suor;
Área da pele com queda de pêlos, especialmente nas sobrancelhas;
Área da pele com perda ou ausência de sensibilidade;
Sensação de formigamento (Parestesias) ou diminuição da sensibilidade ao calor, à dor e ao tato. A pessoa se queima ou machuca sem perceber.
Dor e sensação de choque, fisgadas e agulhadas ao longo dos nervos dos braços e das pernas, inchaço de mãos e pés.
Diminuição da força dos músculos das mãos, pés e face devido à inflamação de nervos, que nesses casos podem estar engrossados e doloridos.
Úlceras de pernas e pés.
Nódulo (caroços) no corpo, em alguns casos avermelhados e dolorosos.
Febre, edemas e dor nas juntas.
Entupimento, sangramento, ferida e ressecamento do nariz;
Ressecamento nos olhos;
Mal estar geral, emagrecimento;
Locais com maior predisposição para o surgimento das manchas: mãos, pés, face, costas, nádegas e pernas
Importante: Em alguns casos, a hanseníase pode ocorrer sem manchas.

5. Como se transmite?

A transmissão se dá por meio de uma pessoa doente que apresenta a forma infectante da doença (multibacilar – MB) e que, estando sem tratamento, elimina o bacilo por meio das vias respiratórias (secreções nasais, tosses, espirros), podendo assim infectar outras pessoas suscetíveis. O bacilo de Hansen tem capacidade de infectar grande número de pessoas, mas poucas pessoas adoecem, porque a maioria apresenta capacidade de defesa do organismo contra o bacilo.

A hanseniase não transmite por:

Meio de copos, pratos, talheres, portanto não há necessidade de separar utensílios domésticos da pessoa com hanseniase.
Assentos, como cadeiras, bancos;
Apertos de mão, abraço, beijo e contatos rápidos em transporte coletivos ou serviços de saude;
Picada de inseto;
Relação sexual;
Aleitamento materno;
Doação de sangue;
Herança genética ou congênita (gravidez);

Importante: Assim que a pessoa começa o tratamento deixa de transmitir a doença. A pessoa com hanseníase não precisa ser afastada do trabalho, nem do convívio familiar.

6. Qual o período de incubação?

Em média de 2 a 5 anos.

7. Qual o período de transmissibilidade?

Enquanto a pessoa não for tratada.

6. Como confirmar o diagnóstico?

O diagnóstico da hanseníase é basicamente clínico, baseado nos sinais e sintomas detectados no exame de toda a pele, olhos, palpação dos nervos, avaliação da sensibilidade superficial e da força muscular dos membros superiores e inferiores. Em raros casos será necessário solicitar exames complementares para confirmação diagnóstica.

7. Como tratar?

O tratamento é ambulatorial. Administra-se uma associação de medicamentos, a poliquimioterapia (PQT/OMS), conforme a classificação operacional, sendo:

Paucibacilares: rifampicina, dapsona;

Multibacilares: rifampicina, dapsona e clofazimina;

8. Como se prevenir?

A hanseniase é uma doença incapacitante e apesar de não haver uma forma de prevenção especifica, existem medidas que podem evitar as incapacidades e as formas multibacilares, tais como:

Diagnóstico precoce;
Exame, precoce, dos contatos intradomiciliares;
Técnicas de prevenção de incapacidades;
Uso da BCG(ver item vacinação);

9. Como se realiza a prevenção de incapacidades?

A prevenção de incapacidades é uma atividade que se inicia com o diagnóstico precoce, tratamento com PQT, exame dos contatos e BCG, identificação e tratamento adequado das reações e neurites e a orientação de autocuidado, bem como dar apoio emocional e social. A PI se faz necessário em alguns casos após a alta de PQT (reações, neurites e deformidades em olhos, mãos e pés). A avaliação neurológica, classificação do grau de incapacidade, aplicação de técnicas de prevenção e a orientação para o autocuidado são procedimentos que precisam ser realizados nas unidades de saúde.

Estas medidas são necessárias para evitar seqüelas, tais como: úlceras, perda da força muscular e deformidades (mãos em garra, pé caído, lagoftalmo). Recomenda-se o encaminhamento às unidades de referencia os casos que não puderem ser resolvidas nas unidades básicas.

10. Como proceder em caso que requerem reabilitação?

Nos casos que já existem deformidades físicas, faz parte do tratamento das mesmas o autocuidado, a cirurgia e exercícios pré e pós-operatórios. Além da indicação de prótese e órteses. O objetivo é favorecer uma melhor qualidade de vida das pessoas atingida pela hanseníase.