Doces na Alimentação do Atleta
A nutrição ideal para o atleta visa potencializar o desempenho físico, suprindo nutrientes que proporcionem combustível energético para os músculos, auxiliem na recuperação muscular, sistema imunológico e previnam lesões e ocorrências comuns no esporte.
Os carboidratos, por comprovação unânime, são os principais fornecedores de energia, e o déficit no consumo faz grande diferença no desempenho, além de alterar o metabolismo de lipídeos e proteínas, dificultando a queima de gorduras e a recuperação muscular, dentre de outros fatores. Por essa razão, o cuidado com os carboidratos deve merecer maior atenção: antes, durante e depois de treinos e provas.
Os carboidratos são divididos em complexos e simples. Os primeiros estão presentes nos pães, biscoitos, cereais e massas, e têm a característica de serem utilizados de maneira gradativa e regular. Isso significa que a transformação desses carboidratos em glicose (açúcar) levará algum tempo para ser concluída, o que garante energia por tempo maior. O mesmo não acontece com os carboidratos simples, presentes nos doces: esses são utilizados de forma rápida e, assim, são menos eficientes para os atletas. Uma indicação clara dos carboidratos simples seria durante treinos longos, onde a glicose pode fornecer energia rápida para os músculos em atividade, porém isso deve acontecer apenas na forma de bebidas, géis esportivos, barras ou alimentos de fácil digestão, onde a quantidade e digestibilidade são controladas.
Em relação aos doces, apesar de fornecerem energia rápida, o conteúdo excessivo de gorduras faz com que a maioria dos doces e chocolates tornem-se alimentos não apropriados para a alimentação diária de atletas. Como pontos negativos desses alimentos estão: o excesso calórico que pode prejudicar a composição corporal, a ausência de quantidades significativas de vitaminas e minerais, e se consumidos em excesso, podem diminuir o apetite restringindo o consumo de alimentos necessários, o que acontece principalmente com atletas adolescentes que possuem um padrão alimentar inadequado.
No entanto, os doces podem entrar de forma esporádica na alimentação do atleta, especialmente em momentos de recuperação e dentro de uma proposta alimentar equilibrada e que contemple todos os nutrientes necessários para o momento. Essa inclusão pode inclusive colaborar com o atleta, pois além da energia de rápida absorção, esses alimentos podem melhorar o humor devido ao aumento da liberação de serotonina, um neurotransmissor que promove a sensação de bem estar.
Portanto, não há necessidade de eliminar o consumo de doces da dieta. O consumo com moderação pode não ser maléfico e algumas vezes, dependendo da rotina de treino, ajuda na recuperação.
Fonte: Rg Nutri