Homossexualidade está relacionada com alteração na divisão celular, diz estudo
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Uma nova pesquisa americana aponta que uma área da biologia chamada epigenética pode estar envolvida em possíveis fatores que determinam que uma pessoa seja homossexual. A epigenética é diferente da genética – que abrange os genes e a hereditariedade – e trata de mudanças nas divisões celulares, sem que haja interferência na sequência de DNA. Ou seja, as alterações geralmente ficam apenas com o próprio. Segundo o trabalho do Instituto Nacional de Matemática e Síntese Biológica (NIMBioS) dos EUA, publicado online no periódico “The Quarterly Review of Biology”, interruptores sexuais temporários, que normalmente não são transmitidos e simplesmente se “apagam” entre as gerações, podem levar à homossexualidade quando escapam de serem deletados e acabam passados do pai para a filha ou da mãe para o filho.
Estudos anteriores mostram que a atração pelo mesmo sexo pode se repetir em uma mesma família, levando pesquisadores a presumir que haja um embasamento genético para a preferência sexual. Na atual pesquisa, a equipe do Grupo de Trabalho sobre Conflitos Intragenômicos do NIMBioS criou um modelo matemático e biológico para delimitar o papel da epigenética na homossexualidade. Alguns “marcadores epigenéticos” produzidos no início do desenvolvimento fetal protegem cada sexo de uma variação substancial de testosterona que ocorre mais tarde. Alguns interferem nos órgãos genitais, outros na identidade sexual, e outros na preferência por um parceiro.