Itamaraju não haverá São João em 2015
Uma notícia balançou as estruturas itamarajuenses na manhã desta segunda-feira (18). Os cidadãos ao acordar foram surpreendidos com o que se parecia um boato, no entanto o fato é verdadeiro, em 2015 não haverá os festejos juninos.
A notícia foi divulgada por meio de nota pública distribuída aos moradores antes mesmo de uma possível divulgação à imprensa local. As razões para a não realização do evento apontadas no texto divulgado são a queda vertiginosa na arrecadação, principalmente no Fundo de Participação dos Municípios e impostos municipais, aliada ao aumento do custeio da máquina pública ocasionada pela inflação.
O município de Itamaraju investe boa parte dos recursos como contrapartida na manutenção de programas Estaduais e Federais como SAMU, CRAS, CREAS, entre outros. Por outro lado, o país enfrenta uma de suas piores crises de inflação e recessão e isso já tem comprometido recursos de convênios importantes das áreas da Saúde, Educação e Assistência Social que não estão sendo repassados pelo Governo Federal.
No dia (15/05), a Bahiatursa e governo do Estado ainda seguiam em prospecção de patrocinadores para a festa de São João, visto que dezenas de prefeituras estão sem dinheiro em caixa.
Recentemente a Presidente Dilma do PT anunciou mais cortes no orçamento, cortes que podem inclusive comprometer a realização de obras garantidas ao município por intermédio das emendas parlamentares.
Por conta disso, e já prevendo a possibilidade de os repasses diminuírem ainda mais, o prefeito de Itamaraju, Manoel Pedro Rodrigues Soares, decidiu de forma sensata e responsável que não vai investir nem um centavo das reservas do erário público com a festa.
“Gostaria que a população compreendesse que o momento é difícil, nós não sabemos como pode ficar a coisa daqui por diante, a cada mês que passa a arrecadação tem diminuído mais e não podemos gastar nesse momento de insegurança econômica”, disse, acrescentando que o corte no investimento com o São João visa garantir o funcionamento dos setores prioritários bem como a manutenção dos serviços essenciais.
Por Nilson Chaves