Itamaraju terá novo cemitério
A cidade de Itamaraju está ganhando um novo cemitério objetivando aposentar o atual Cemitério São Cosme e São Damião que está em uso há décadas, antes mesmo da emancipação do município em 1969. Na manhã desta quarta-feira (1º/04), o prefeito Manoel Pedro Rodrigues Soares, o “Pedro da Campineira” (PSD), iniciou as obras para construção do novo Cemitério de Itamaraju, que ainda não ganhou um nome, mas será um Cemitério Parque que vai aliar conforto e comodidade a todos aqueles que sepultar seus entes queridos no local.
Segundo o prefeito Pedro da Campineira, o novo Cemitério, que ficará dentro de uma área de 3 hectares, no alto do bairro Itatiaia, na zona leste de Itamaraju, será munido de uma capela padronizada com o máximo de conforto, contendo duas salas para velório e área de repouso, cozinha e dois banheiros, escritório administrativo e uma espaçosa área de estacionamento.
Conforme o prefeito Pedro da Campineira, a construção de um novo cemitério para a cidade de Itamaraju era uma reivindicação antiga da população, tendo em vista que o atual não possui mais a mínima condição de acomodar novas urnas funerárias e nem tão pouco há espaço para construção de jazidas, porque trata-e de um cemitério com quase 100 anos de uso, desde à época do povoamento do Escondido.
O Cemitério contará ainda com muros ornamentais e capela ecumênica. O novo Cemitério vai ficar numa região distante da zona urbana e a um quilômetro do bairro Itatiaia, sendo que a Prefeitura vai pavimentar 2 mil metros de rua, ligando a BA-489 no bairro Liberdade, atravessando a Avenida Principal do bairro Itatiaia até o novo Cemitério.
A distância é uma exigência que visa amenizar um problema de impacto ambiental e, de certa forma, de saúde pública. De acordo com o prefeito Pedro da Campineira, foi criada uma comissão especial, formada por um arquiteto, engenheiro civil, engenheiro agrícola, engenheiro químico e um biólogo, para discutir questões de segurança do novo cemitério.
O engenheiro civil Simon Moreau explica que, em estado de decomposição, o cadáver expele uma substância chamada necrochorume, um líquido viscoso, com coloração acinzentada, cuja composição é 60% de água, 30% de sais minerais e 10% de substâncias orgânicas, duas delas altamente tóxicas: a putresina e a cadaverina, que com precipitação em forma de chuva, atinge o lençol freático. E segundo a Legislação Ambiental vigente, o limite entre a cova e o lençol freático não pode ser menos de 2 metros.
Para a desapropriação, um estudo foi realizado pela Coordenadoria Municipal de Meio Ambiente e pela Secretaria Municipal de Obras, a fim de encontrar um espaço adequado e que atendesse as normas da resolução da Conama. Nos cemitérios parques, toda a área é coberta com grama, e os jazigos são padronizados. Além do mais, foi escolhida uma área arejada e bem ambientada com a natureza em volta objetivando aliar a harmonia do lugar com a despedida dos familiares e, além disso, o acesso será todo pavimentado, justamente para facilitar os cortejos. (Por Athylla Borborema/fotos: Lênio Cidreira)