Reunião tenta resolver situação da Apae de Itamaraju
Durante a manhã desta quinta-feira (31), a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Itamaraju, se reuniu com munícipes para tratar possível fechamento da instituição.
Assim que a informação foi veiculada, a população ficou estarrecida e indignada direcionando suas críticas a atual gestão municipal. O principal local de manifestação foi através das redes sociais, com bastante intensidade.
Contudo a meta 4 do Plano Nacional de Educação (PNE), que diante do seu enunciado encerraria as atividades da Apae desde o ano de 2016 no país, diz respeito à redução das desigualdades e à valorização da diversidade, caminhos imprescindíveis para a equidade. Leia abaixo sobre a meta:
Meta 4: universalizar, para a população de 4 (quatro) a 17 (dezessete) anos com deficiência, transtornos globais do desenvolvimento e altas habilidades ou superdotação, o acesso à educação básica e ao atendimento educacional especializado, preferencialmente na rede regular de ensino, com a garantia de sistema educacional inclusivo, de salas de recursos multifuncionais, classes, escolas ou serviços especializados, públicos ou conveniados
O Secretário de Saúde Elan Wagner disse que nunca houve o desejo da atual gestão de fechar a Apae, tanto que disponibiliza material humano para a instituição.”São 54 contratos que recebem pela prefeitura o que demonstra o não desejo de fechar” completou Elan.
Já o vereador Mazuk Ribeiro falou que o papel do Poder Legislativo será o atuar como elo de ligação entre o Poder Executivo e a direção da Apae, para que juntos possam buscar uma solução satisfatória para todos.
Os pais explanaram suas opiniões diante desta notícia, onde os pensamentos eram parecidos, visto que os alunos ao serem recebidos em escolas diferentes e com professores inexperientes com este tipo de situação, terão dificuldades e que o maior desafio não é incluí-los na rede regular de ensino e sim mantê-los.
Jaqueline Fonseca vice-presidente da Apae disse que inicialmente a reunião era voltada para os pais, mas a notícia do possível fechamento ganhou proporções maiores e foi aberta a demais pessoas, dispostas a ajudar. “Estamos atuando com um percentual reduzido de recursos, contudo não nos impede de seguir trabalhando. A inclusão é algo correto assegurado por lei, porém há alguns casos em que existe uma complexidade maior para determinados alunos sere incluídos na rede regular de ensino. Não tivemos a chance de nos pronunciar, não temos nada contra a atual gestão municipal, nós queremos ser parceiros e que nos olhem com mais carinho diante desta situação” completou Jaqueline.
Após esta reunião ficou marcado para a próxima segunda-feira (4), uma reunião com o Ministério Público para buscar um caminho viável no intuito de resolver esta situação.