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31/01/2025

Edge em 5G transforma a conectividade móvel global

Edge em 5G transforma a conectividade móvel global

Nas últimas décadas, a conectividade móvel evolui de forma surpreendente: as redes 2G, voltadas principalmente para chamadas de voz, dão lugar ao 5G, caracterizado por “velocidades ultrarrápidas”, quase nenhuma demora na transmissão de dados e uma capacidade de conexão em massa sem precedentes. Nesse contexto, o conceito de edge computing, ou computação de borda, torna-se fundamental para explorar o potencial da quinta geração da tecnologia celular sem fio.  

Um outro estudo, realizado pela GSMA Intelligence indica que a penetração desse mercado na América Latina deve crescer 64% até 2030. Tradicionalmente, os dados percorrem longas distâncias até data centers centrais, muitas vezes localizados a centenas de quilômetros de onde são gerados, resultando em atrasos que, em redes 4G, eram significativos, mas que, no 5G, tornam-se inaceitáveis. O 5G apresenta tempos de resposta abaixo de 1 milissegundo para suportar aplicações críticas em tempo real, como veículos autônomos, cirurgias remotas e cidades inteligentes.

“Ao invés de sobrecarregar o núcleo da rede, o edge aproxima a análise de insumos do usuário final, executando operações na ‘borda’ — o mais próximo possível do ponto de emissão dos dados. Esse movimento reduz drasticamente o retorno mínimo, proporcionando ações mais rápidas e menor consumo de largura de banda na rede central. No contexto do 5G, essa descentralização é essencial”, afirma Luis Cuevas, diretor de Secure Power e Negócios de Data Centers da Schneider Electric no Brasil.

“Em uma cidade inteligente com milhares de sensores monitorando o trânsito, a qualidade do ar e os níveis de poluição sonora, entre outros fatores, a computação de borda processa esses dados localmente, obtendo insights imediatos e propiciando respostas sem a necessidade de envio para servidores distantes. Dessa forma, a cidade ‘pensa’ instantaneamente”, conclui.

Para Cuevas, os impactos do edge no 5G já são percebidos em várias indústrias. Na saúde, a possibilidade de realizar cirurgias remotas com precisão e segurança torna-se viável por conta da agilidade no tempo de reação. “Com a computação de borda, dados e tratamentos críticos permanecem próximos a hospitais e clínicas, assegurando que as informações sejam acessadas em milissegundos.”

O profissional conta que no segmento de manufatura, o edge computing viabiliza a chamada “Indústria 4.0”, em que fábricas inteligentes utilizam sensores e máquinas conectadas para uma produção cada vez mais otimizada. Sensores instalados nos equipamentos enviam dados para servidores locais, onde o processamento ocorre prontamente, e ajustes na produção são executados de imediato — essa rapidez é fundamental para garantir a eficiência das operações viabilizadas pelo edge computing em redes 5G.

“Apesar das promessas, o edge computing enfrenta desafios. Sua implementação em larga escala demanda uma infraestrutura robusta e bem distribuída, capaz de suportar um grande número de dispositivos e processar dados localmente em uma escala inédita. O gerenciamento de energia também surge como obstáculo, já que milhares de pontos de processamento descentralizados ampliam o consumo energético, levantando preocupações ambientais e de sustentabilidade”, afirma.

Outro desafio que o executivo classifica relevante é a interoperabilidade entre redes. “Com o crescimento de soluções descentralizadas, ele acredita que garantir diferentes pontos de computação na borda se comuniquem de forma fluida e segura torna-se indispensável tanto para a continuidade dos serviços quanto para o compartilhamento eficaz de conteúdos.”

“Os próximos anos são cruciais para o amadurecimento e a massificação dessa tecnologia, que transforma a forma como diferentes setores interagem com o mundo. O avanço do edge computing somado ao 5G, quando aplicado de forma eficiente, promete aprimorar a experiência digital e impulsionar uma nova era de inovação”, finaliza.