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30/04/2025

Tendências da inteligência artificial moldam 2025

Tendências da inteligência artificial moldam 2025

O ano de 2024 marcou um ponto de virada para a inteligência artificial (IA) no Brasil, e os números da editora Casa do Código, especializada em livros técnicos de tecnologia, reforçam essa tendência. Os três livros mais vendidos da editora no último ano abordaram o tema da IA, evidenciando o crescente interesse de profissionais e empresas em dominar essa tecnologia transformadora. Em primeiro lugar, destaca-se Engenharia de Prompt para Devs, de Ricardo Pupo Larguesa, seguido por Introdução à Estatística para Ciência de Dados, de Tatiana Escovedo, Marcos Kalinowski e Thiago Marques, e Inteligência Artificial e ChatGPT, de Fabrício Carraro. Esses títulos refletem a busca por conhecimento prático e aplicável em um mercado que já sente os impactos da revolução da IA.

Ricardo Pupo Larguesa, autor do best-seller Engenharia de Prompt para Devs e professor de Machine Learning na Fatec Santos, além de diretor-executivo da T2S – uma software house com mais de 20 anos de experiência em soluções tecnológicas –, comenta o fenômeno: “O fato de os três livros mais vendidos da Casa do Código serem sobre IA mostra que o mercado está sedento por especialização. Os profissionais da área já perceberam que as mudanças são inevitáveis e estão acontecendo agora. Quem não se preparar, ficará para trás”. A afirmação encontra respaldo em dados globais: segundo o relatório AI Index 2024 da Stanford University, o investimento em IA cresceu 13% em 2023, atingindo US$ 189 bilhões, com previsão de expansão ainda maior até 2025.

O que esperar da IA em 2025?

A IA está remodelando setores inteiros, desde a automação de processos até a criação de conteúdos personalizados. Rodrigo Lopes Salgado, também diretor-executivo da T2S, revela que a demanda por soluções de IA nas empresas brasileiras disparou. “Temos recebido demandas tanto para modelos preditivos baseados em Machine Learning quanto para soluções integradas a modelos generativos, como ChatGPT e Gemini, que automatizam tarefas e geram conteúdos”, explica. Segundo a pesquisa ‘The state of AI in early 2024’ da McKinsey, 72% das organizações já utilizam inteligência artificial em pelo menos uma função empresarial, indicando uma tendência crescente na adoção dessa tecnologia.

Ricardo Larguesa destaca o potencial subutilizado dos dados corporativos: “As empresas têm um tesouro escondido em seus bancos de dados. Organizar essas informações históricas para treinar modelos preditivos é mais simples e acessível do que muitos imaginam. Projetos iniciais podem ser pequenos, com investimento baixo, e ainda assim gerar provas de conceito que projetam o retorno sobre investimento (ROI) com precisão”. Ele exemplifica que, diferentemente dos grandes modelos de linguagem, como o ChatGPT, que exigem milhões de dólares e infraestrutura robusta para treinamento e operação, modelos menores podem ser desenvolvidos em poucos dias com hardware acessível.

Por outro lado, o uso de modelos generativos também está longe de atingir seu limite. “Estamos apenas no começo. Esses modelos evoluem rapidamente, e muitas empresas ainda não exploram todo o potencial de personalização disponível”, afirma Larguesa. Técnicas como fine-tuning (ajuste fino), Retrieval-Augmented Generation (RAG) e engenharia de prompt – abordadas em seu livro – permitem otimizar os resultados da IA para necessidades específicas. Além disso, o ecossistema de modelos abertos, como o LLaMA, DeepSeek, Mistral e o Gemma, oferece alternativas seguras e eficientes para implementação em infraestruturas próprias, reduzindo custos e aumentando a privacidade dos dados.

A T2S, sediada em Santos (SP), está capitalizando esse momento de efervescência tecnológica. “Há alguns anos, criamos um programa interno de inovação para acelerar startups dentro da empresa. Hoje, já temos dois produtos de IA no mercado: o Relpz.com e o HRelper.com”, conta Rodrigo Salgado. O Relpz é uma plataforma que permite criar IAs corporativas personalizadas com poucos cliques, oferecendo integração com outras ferramentas e controle de acesso. Já o HRelper é uma solução de gestão de recrutamento assistida por IA, que simplifica processos seletivos e aumenta a eficiência das equipes de RH.

A empresa também aplica IA em projetos práticos. Um exemplo é o portal Tecnologia Portuária, onde um agente automatizado gera sinopses dos vídeos do YouTube e as publica, impulsionando o tráfego orgânico por menos de R$ 0,10 por publicação. Hellen Xavier, responsável pelo conteúdo do portal, destaca: “A IA nos permite escalar a produção de conteúdo com agilidade e custo reduzido, mantendo a qualidade com revisões humanas”. Outro caso é o EvoluRP, uma plataforma de gestão da informação que integra assistentes e agentes de IA para tarefas diversas. “Podemos criar desde assistentes simples até agentes complexos que executam processos em várias etapas”, explica Bryan Santos de Oliveira, desenvolvedor da T2S.

Preparando-se para o futuro

A perspectiva para 2025 é clara: a IA será um diferencial competitivo indispensável. Especialistas do setor projetam que a adoção de soluções de IA continuará a oferecer vantagens competitivas significativas nos próximos anos. Para Ricardo Larguesa, o segredo está na combinação de conhecimento técnico e aplicação estratégica: “A IA não é mágica, mas sim uma ferramenta que, quando bem utilizada, transforma dados em resultados reais”.

A busca por conhecimento em IA e a demanda por soluções personalizadas impulsionam o mercado. Empresas de tecnologia desenvolvem plataformas voltadas à aplicação prática da inteligência artificial, incluindo iniciativas como as da T2S, sediada em Santos (SP), que atua no desenvolvimento de soluções para automação e gestão de dados.