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12/07/2017

Estrabismo precisa ser tratado na infância

Estrabismo precisa ser tratado na infância

12/7/2017 – Na maioria das vezes o desconforto maior é o estético, que acaba chamando mais a atenção dos familiares e amigos. Já nos estrabismos que consideramos recentes, causados na vida adulta após traumas e AVC, podemos citar como principal sintoma a diplopia

O estrabismo atinge de 3 a 7% da população infantil mundial e consiste no desalinhamento dos olhos. O distúrbio pode variar entre pequena ou grande intensidade dependendo de cada indivíduo. “Existem desvios mínimos, que são detectados apenas em exames oftalmológicos minuciosos, e outros que são facilmente reconhecidos pelo paciente ou familiares”, explica o oftalmologista do Visão Institutos Oftalmológicos de Brasília, Samuel Duarte.

Segundo o médico, as causas variam entre grandes erros refracionais como a hipermetropia ou lesões na retina que causam queda da visão de um dos olhos e catarata congênita. Além disso, os problemas na tireoide e a paralisia dos músculos oculares motivadas por doenças neurológicas – como o AVC e enfermidades degenerativas – também podem causar alterações.

O especialista relata ainda que o estrabismo desenvolvido na infância, não costuma ter sintomas como dores, vermelhidão e lacrimejamento, comuns em outras doenças que atingem a visão. “Na maioria das vezes o desconforto maior é o estético, que acaba chamando mais a atenção dos familiares e amigos. Já nos estrabismos que consideramos recentes, causados na vida adulta após traumas e AVC, podemos citar como principal sintoma a diplopia, visão dupla que incomoda muito o indivíduo e que pode limitar suas atividades diárias”, acrescenta.

Para o oftalmologista, a melhor hora de iniciar o tratamento é nos primeiros anos de vida para evitar possíveis agravamentos como a ambliopia, conhecida como olho preguiçoso.

OLHO PREGUIÇOSO

Esse distúrbio consiste no prejuízo do desenvolvimento visual que ocorre na infância – até 8 anos de idade –, conhecido como o período crítico dado ao desenvolvimento ocular da criança. “Quando há um conflito na união dessas imagens, seja por olhos desviados ou por imagem muito diferente entre eles, o cérebro escolhe o olho de melhor visão e suprime o desenvolvimento do ruim. Com isso, o olho suprimido se torna amblíope ou preguiçoso. É importante tomar cuidado, porque o olho ignorado pode ficar com uma limitação irreversível da visão se não for tratado o mais precocemente possível”, enfatiza.

O oftalmologista explica ainda que um paciente pode conviver com os dois distúrbios, e alerta para que o tratamento seja realizado o mais rápido possível. “Após os 8 anos de idade os resultados são insatisfatórios com os tratamentos convencionais. A recomendação é levar as crianças a uma consulta oftalmológica aos 6 meses de idade e a depois ao menos uma vez ao ano, assim o especialista pode dar a orientação correta aos pais ou responsáveis”, finaliza.