A ciência e a sua eterna busca em superar o impossível
Rio de Janeiro, RJ 16/12/2020 – Quem poderia imaginar que os picos dos Andes, em algum dia remoto, estiveram sob o oceano?
Coisas tidas como impossíveis no passado, hoje são fatos corriqueiros. E o futuro, como será? É o que o livro “Investigação sobre o possível” procura explorar do ponto de vista filosófico.
Muitas coisas consideradas antes impossíveis, como avião, automóvel, geladeira, televisão, computadores, por exemplo, atualmente são tão comuns, que é até difícil imaginar que houve um tempo em que sua existência sequer era imaginada. Mas uma resposta para isso talvez seja que essas grandes invenções da humanidade não surgem de uma hora para outra e sequer surgem como ideias prontas e com objetivos definidos. Muitas dessas invenções surgiram ao acaso, sendo necessárias décadas, às vezes com muitas mentes envolvidas, inicialmente apenas como forma de provar uma tese científica, como foi o caso da eletricidade, por exemplo.
A primeira experiência do que posteriormente ficou conhecido como televisão, foi em fins do século XIX, mas foram necessárias muitas décadas, para desenvolver o aparelho que conhecemos por televisão e que foi com o tempo ganhando novas funções, inclusive na forma de como esse aparelho se relaciona com a sociedade, o que de início era uma ideia completamente absurda, definiu decisivamente o cotidiano das famílias do pós-segunda guerra até pelo menos a revolução tecnológica trazida pela popularização dos computadores e posteriormente pelo boom da Internet.
O ponto é que não seria possível o surgimento da televisão e de outras tecnologias posteriores, como os microcomputadores, se cientistas lá do final do século XIX não houvessem descoberto que era possível transmitir, por correntes elétricas, imagens compostas de pontos de diferentes graus de luminosidade. A verdade é que nada surge de forma repentina, elas surgem de um conjunto de experimentos, de tentativas e erros, por um acúmulo de conhecimento e experiências.
É o que defende o filósofo e mestre em direito Sérgio Sérvulo da Cunha, autor do livro “Investigação sobre o possível”, para quem os avanços científicos, por menores que sejam em princípio, abrem um leque de novas possibilidades que permitem criar o que até então seria impossível. “Quem poderia imaginar que os picos dos Andes, em algum dia remoto, estiveram sob o oceano?”, pergunta o autor. “Quanto do que hoje é considerado impossível pode ainda vir a ser possível? Será que não existem também outros mundos ainda invisíveis para o homem?”, continua.
O livro “Investigação sobre o possível”, construído ao modo de uma investigação, é uma obra de filosofia das ciências, pois pesquisa a natureza do conhecimento científico. É, também, um livro de teoria do conhecimento e de ontologia, porque coteja o saber científico com o filosófico, indaga sobre o alcance do conhecimento e pesquisa a natureza da realidade.
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