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06/08/2021

Arie Halpern: tecnologia e ciência têm lugar garantido no pódio esportivo

Arie Halpern: tecnologia e ciência têm lugar garantido no pódio esportivo

6/8/2021 – Os atletas estão cada vez mais preparados para as provas, mas a tecnologia e a ciência, sem dúvida, são fatores decisivos nas definições do melhor desempenho

Atletas olímpicos desafiam limitações da gravidade, do tempo e da distância se beneficiando dos avanços tecnológicos.

As Olimpíadas, assim como as missões espaciais, são responsáveis por muitos dos avanços tecnológicos e científicos que acabam por beneficiar a vida de toda a sociedade. A cada quatro anos, novas tecnologias surgem ajudando a melhorar a performance das diversas modalidades esportivas.

Os esportes olímpicos tiveram origem na Grécia a partir da simulação de batalhas que preparavam os guerreiros para as frequentes guerras. No decorrer do tempo, evoluíram e passaram, cada vez mais, a ser associados ao condicionamento físico e à saúde. Adquiriram características de entretenimento, mas não perderam seu caráter competitivo.

A busca constante pelo aperfeiçoamento e pela superação é a tônica nas competições, desde os primeiros jogos olímpicos da era moderna, há um século e meio, em Atenas. Ciência e tecnologia são aliados que se tornaram essenciais para melhorar a execução e em muitos esportes ganhar os milésimos de segundos que definem a colocação dos campeões no pódio.

Os atletas olímpicos desafiam as limitações da gravidade, do tempo e da distância, se beneficiando de pesquisas nas áreas de fisiologia e medicina esportiva e das novas tecnologias incorporadas aos equipamentos e aos treinamentos. A evolução já chegou ao ponto de conseguir fazer a prevenção de processo de lesão física, por meio de análises bioquímicas do sangue de atletas. A partir disso, é possível ajustar a intensidade do treinamento evitando lesões.

Dois mil conjuntos de dados analisados por segundo
A evolução da indústria esportiva passa, por exemplo, por materiais que melhoram a aerodinâmica de bicicletas, radares que detectam a velocidade da bola nas cortadas e saques do tênis e do vôlei, chips que registram a posição de atletas, como na maratona, que medem cada etapa do salto triplo e dão o alcance real do salto em altura. Isso sem falar nos tecidos que aceleram a evaporação do suor e reduzem o atrito em esportes aquáticos.

Entre as novidades nas Olimpíadas de Tóquio estão sensores colocados nas camisas dos atletas para coletar e analisar dados de desempenho nas provas. Eles possibilitam analisar cerca de 2.000 conjuntos de dados por segundo, entre eles, velocidade e aceleração. No vôlei de praia, uma câmera com recursos de inteligência artificial mede a altura do lançamento, que também é usada na ginástica artística, natação e ciclismo para monitorar os movimentos dos atletas. Elas também captam com precisão milimétrica se a bola caiu dentro ou fora da quadra.

Vários atletas usam rastreadores de condicionamento físico, dispositivos vestíveis, relógios esportivos e smartphones nos treinamentos e competições para coletar e analisar o máximo de dados possível. São dispositivos que, no contexto atípico de pandemia, ajudam inclusive a garantir o distanciamento social.

A cada quatro anos, os atletas estão cada vez mais preparados para as provas, mas a tecnologia e a ciência, sem dúvida, são fatores decisivos nas definições do melhor desempenho, assim como para garantir maior segurança e também para que as pessoas possam ver cada vez com mais precisão e detalhe de cada movimento nas telas.

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