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03/09/2021

Pesquisa aponta que setor de TI terá déficit de 408 mil profissionais até 2022

Pesquisa aponta que setor de TI terá déficit de 408 mil profissionais até 2022

São Paulo 3/9/2021 –

Brasil encara o problema de frente para não deixar de ser uma referência na área

De acordo com dados da Softex, organização social com foco em fomento à área de Tecnologia da Informação (TI), que faz parte do projeto TechDev Paraná, o setor de TI deve enfrentar um déficit de 408 mil profissionais até o ano de 2022 no Brasil. É importante ressaltar que o segmento já se encontra com uma carência de profissionais há algum tempo. O conjunto de perdas entre 2010 e 2020 chega a R$ 167 bilhões.

O Brasil, nos dias de hoje, ocupa a décima posição no ranking de maiores mercados no setor de TI. Já na América Latina, o país lidera o segmento, sendo responsável por 40% do total, de acordo com a Associação Brasileira das Empresas de Software (Abes). Dessa forma, o Brasil deverá encarar a falta de mão de obra qualificada para que não cause prejuízos a sua imagem enquanto referência na área. Importante ressaltar que, atualmente, há cursos de capacitação disponíveis no mercado que possuem relação com a área de TI, como o de Introdução à Tecnologia da Informação para profissionais, por exemplo.
O TechDev Paraná

O TechDev Paraná, lançado em novembro do ano passado, visa realizar a promoção dos setores da tecnologia e inovação, sendo mais uma iniciativa de enfrentamento ao problema. “Para isso, conecta empresas, universidades, instituições de ciência e tecnologia, e o setor público”, comenta Lucas Ribeiro, diretor-presidente da Associação das Empresas Brasileiras de Tecnologia da Informação (Assespro-PR).

O projeto elaborou duas pesquisas que servem para encontrar gargalos e necessidades em recursos humanos no segmento. Uma das pesquisas vai traçar as vagas disponíveis e os locais recorrentes de carência de trabalhadores do setor de TI. As organizações participantes respondem a uma série de perguntas a respeito de como se dá o seu recrutamento e manutenção de pessoal, além de outros pontos em relação à gestão de pessoas. A outra pesquisa, por sua vez, visa analisar as competências de hard e soft skills exigidas.

Segundo Ribeiro, a análise vai abrir margem para que gestores públicos e empreendedores delimitem estratégias mais efetivas em função do desenvolvimento da área, destacando ainda o protagonismo do estado do Paraná nesse contexto e avaliando que a participação de empresas na realização das pesquisas é muito importante.

O diretor-presidente ainda mostra que, segundo a Acate Tech Report 2020, o Paraná ocupa o segundo lugar na lista de estados brasileiros em relação ao faturamento com TI. “No último período, registrou crescimento de 25,4%. É, ainda, o segundo em número de novos profissionais formados”, conta. Os setores que saem na frente com a criação de empregos de TI são agricultura e pecuária, alimentos e smart grid (gestão automatizada do setor elétrico).

Em consonância às estratégias de enfrentamento que precisam ser adotadas, uma medida trazida pelas organizações sobre ausência de profissionais é a oferta de formação para os colaboradores já inseridos dentro do ambiente de trabalho. As áreas mais recorrentes nessas ofertas são a de computação em nuvem, robótica, inteligência artificial e análise de dados.

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