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30/11/2021

Em 2020, foram produzidas 53,6 milhões de toneladas de lixo eletrônico no mundo

Em 2020, foram produzidas 53,6 milhões de toneladas de lixo eletrônico no mundo

São Paulo, SP 30/11/2021 –

Por ano, apenas de 15% a 20% do e-waste produzido no mundo é reciclado

Segundo um estudo do UN Environment Program, o lixo eletrônico, “e-waste”, é o tipo de lixo que cresce mais rapidamente no mundo. O estudo apontou que 53,6 milhões de toneladas métricas de e-waste foram criadas em 2020. O estudo mostra ainda, que a quantidade total de matérias primas descartadas sem cuidados e sem consciência do valor desses materiais como e-waste, no ano passado, chegou a 57 bilhões de dólares.

De acordo com uma pesquisa da Agência Federal Norte-Americana Environmental Protection Agency, realizado no final de 2020, somente 15 a 20 por cento do e-waste são reciclados. A pesquisa aponta que a falta de cultura de reciclagem de dispositivos digitais em empresas e em residências cria “cemitérios de equipamentos” já que a maior parte dos aparelhos eletrônicos vão diretamente para aterros e incineradores.

Para Luis Arís, gerente de desenvolvimento de negócios da Paessler LATAM, os dados das pesquisas se tornam ainda mais alarmantes, pois o e-waste, por si só, conta com uma infinidade elementos tóxicos como o chumbo, o berilo, o cloreto de polivinila (PVC), o mercúrio, entre outras substâncias que são extremamente prejudiciais para o ambiente e os seres humanos.

Além de todos esses perigos para a vida no planeta e do planeta, Arís ressalta que ainda existe o risco da exportação ilegal desses produtos e do roubo de informações e dados dos usuários. Pesquisa realizada pela consultoria europeia Info Blancco, em abril de 2021, a partir de entrevistas com 600 líderes de organizações dos EUA, Reino Unido, Japão, Alemanha e França – empresas com no mínimo 5.000 colaboradores – mostra quão grande é o desafio de incorporar políticas sustentáveis de descarte à gestão da TI.

Para Arís, o estudo da consultoria Info Blancco atesta o descompasso entre o que se pensa e o que se executa em termos de reciclagem de eletrônicos já que 92% do universo pesquisado conta com políticas sustentáveis de TI, mas somente 24% dos entrevistados, porém, promovem a reutilização dos equipamentos antigos, seja como um computador de segunda mão sendo empregado por outras empresas, seja como fonte de componentes eletrônicos. “Foi-se o tempo em que o ciclo de vida de um dispositivo eletrônico iniciava-se com sua compra e terminava com seu desligamento da rede corporativa. Na Era do ESG, Environment, Social e Governance, está na hora das organizações adotarem políticas de descarte de equipamentos antigos plenamente alinhadas com as melhores práticas em sustentabilidade”, afirma o executivo da Paessler.