Após alta em 2020, e-commerce de moda cai 18% em 2021
2/2/2022 – A queda nas vendas digitais acompanha a queda no tempo de permanência on-line
Em alguns meses, segmento também ficou abaixo de 2019; para empresário, investir em fidelização é essencial para reverter a tendência de queda no pós-pandemia
Com a eclosão da pandemia de Covid-19 no Brasil, setores importantes do e-commerce registraram crescimento em 2020, mas tiveram queda em 2021. É o caso do setor de moda, que, em agosto de 2021, registrou declínio de 11% em relação ao mês anterior, mas teve uma queda ainda maior – da ordem de 18% – na comparação com o mesmo período do ano anterior, o primeiro da atual crise sanitária, segundo a pesquisa da Corebiz, realizada com diversas marcas presentes no comércio eletrônico.
Segundo o balanço, além de obter resultados inferiores em comparação a 2020, em alguns meses o segmento também ficou abaixo dos números alcançados em 2019, pré-pandemia.
Para Cássio Borges, sócio da CODE Brincos Masculinos, que atua com e-commerce de acessórios voltados para homens, a queda de vendas digitais no setor de moda em 2021, após alta no ano anterior, pode ser explicada: durante o período de quarentena e isolamento social, quando as restrições eram mais rígidas, não havia lojas abertas e as pessoas passaram a comprar muito mais de forma on-line.
“Com a flexibilização e abertura do comércio, os consumidores que estavam em casa passaram a circular, de modo que a receita que estava concentrada nas lojas digitais foi compartilhada com as lojas físicas”, afirma.
Borges complementa que, com o avanço da vacinação, disparou o contingente de pessoas que estão deixando o isolamento e priorizando as atividades externas, como viagens, festas, shows e encontros sociais. “A queda nas vendas digitais acompanha a queda no tempo de permanência on-line”.
De fato, em dezembro de 2021 houve uma baixa de 14,76% no varejo eletrônico no Brasil em relação a novembro, conforme indicativos do Relatório Setores do E-commerce, da Conversion. Os maiores varejistas virtuais no país receberam um total de R$ 1,72 bilhões de acessos no período, mesmo com as compras de Natal e Ano Novo.
Investir em fidelização é essencial para reverter a tendência de queda
Na visão do sócio da CODE Brincos Masculinos, as empresas do setor precisam investir esforços para reverter a tendência de queda do e-commerce no futuro pós-pandemia. “Os negócios que atuam com lojas virtuais devem ter foco em entender demandas e necessidades dos consumidores e traçar estratégias para atendê-los”.
Além disso, para Borges, o marketing de relacionamento nunca foi tão necessário quanto agora. “Promover experiências únicas e se relacionar com o cliente são fatores importantes para a fidelização. Quanto mais tempo ele passa com você, menos ele passa com a concorrência”, avalia.
O empresário também destaca que é importante oferecer experiências cada vez mais ágeis de compra com o fluxo de check out rápido e intuitivo. Com efeito, cerca de 82% dos consumidores abandonam o carrinho de compras antes da conclusão, conforme resultados do relatório anual da E-commerce Radar. Destes, 23% afirmaram que os checkouts difíceis de serem feitos ou com várias etapas para serem concluídos são o principal problema.
“Os segmentos de moda e acessórios estão entre os dez setores que mais vendem de forma on-line no país, e ainda há muito espaço para crescimento. Para tanto, as empresas que querem se destacar devem buscar o seu diferencial e se relacionar com os clientes da melhor forma possível, pois a experiência de compra digital – como resultado de um trabalho de fidelização – pode se consolidar mesmo no pós-pandemia”, conclui.
Para mais informações, basta acessar: https://www.codebrincosmasculinos.com.br/
Website: https://www.codebrincosmasculinos.com.br/