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06/04/2022

Arie Halpern: a disrupção da biologia sintética e do metaverso

Arie Halpern: a disrupção da biologia sintética e do metaverso

6/4/2022 –

Biologia sintética, metaverso e IA, as tendências tecnológicas que vão causar disrupção nos próximos 15 anos.

Uma das mais esperadas apresentações do festival de tecnologia e inovação South by Southwest (SXSW) é a da futurista Amy Webb. Professora da NYU Stern School of Business e CEO do Future Today Institute, a cada edição do evento ela traz uma análise sobre as tendências tecnológicas para os próximos anos reunidas no relatório Tech Trends Report, já em sua 15ª edição.

Este ano não foi diferente. Ela fez previsões instigantes sobre o que a tecnologia mudará nos próximos 15 anos, apresentando os cenários para 2027, 2032 e 2037. A expansão do uso da inteligência artificial (IA) nas mais variadas áreas, a exploração de oportunidades no metaverso e os riscos e benefícios da biologia sintética, uma vertente polêmica da tecnologia, foram os principais tópicos, passando também pela internet das coisas (IoT), blockchain e descentralização na rede.

Segundo ela, durante a próxima década, a IA remodelará a economia do conhecimento, automatizando ainda mais tarefas atualmente executadas por pessoas. As empresas estão investindo no aprendizado de noções básicas de IA e machine learning por seus colaboradores e em novas plataformas que possibilitam, por exemplo, desenvolver aplicativos sem a necessidade de conhecer um código específico. E previu que nos aproximamos do dia em que os sistemas de IA tomarão suas próprias decisões.

Metaverso e Web3

O metaverso irá se expandir, ultrapassando a fronteira entre o mundo físico e o digital. Poderemos usar gestos para nos mover no mundo virtual, uma experiência mais imersiva e humana. Passaremos menos tempo digitando e olhando a tela e mais tempo nos comunicando com o corpo e movimentos. Ao mesmo tempo, será possível ter várias versões digitais de nós mesmos, cada uma de acordo com um fim específico e isso criará uma lacuna entre quem somos no mundo real e nas diversas plataformas virtuais.

Ao vincular os perfis do metaverso às informações pessoais, como a biometria, ficaremos ainda mais expostos. Essa maior facilidade na coleta e no uso de dados pessoais tornará fundamental a criação de uma regulação para garantir transparência, segurança digital e respeito à privacidade.

Biologia sintética

A pandemia de Covid-19 está acelerando o uso de tecnologias de vigilância genética: kits de teste de DNA oferecem recomendações personalizadas de saúde. Ao mesmo tempo em que põem em risco a privacidade, a biologia sintética trará mais soluções e tratamentos para as doenças que surgem com o envelhecimento.

Webb prevê que em 10 anos a biologia sintética possibilitará programar sistemas biológicos como fazemos com os computadores, inclusive podendo imprimir novas moléculas de DNA. Mas alerta que, ao mesmo tempo, o acesso ao código genético pode levar hackers a criar vírus nocivos.

Sobre a projeção de cenários, Webb ressaltou que este exercício leva ao que definiu como repercepção, exercitando a curiosidade e nos despertando para a possibilidade de um futuro diferente das expectativas atuais.

Cenários otimistas e catastróficos

Para cada um dos temas, a futurista previu os efeitos em um cenário otimista e em um catastrófico, com a estimativa da probabilidade de que se tornem realidade.

IA nos próximos 5 anos:

Cenário otimista em 2027 (20% de chance)

Cenário catastrófico em 2027 (80% de chance)

Metaverso e Web3 nos próximos 10:

Cenário otimista em 2032 (30% de chance)

Cenário catastrófico em 2032 (70% de chance)

Cenário otimista em 2037 (50% de chance)

Biologia sintética nos próximos 15 anos:

Cenário catastrófico em 2037 (50% de chance)

Website: http://www.ariehalpern.com.br/a-disrupcao-da-biologia-sintetica-e-do-metaverso-otimismo-ou-catastrofe/