Abes: setor de TI deve crescer 14% no Brasil em 2022
29/7/2022 – As empresas, cada vez mais, buscam a sua atualização, melhora em seus processos e maior qualificação das informações que possuem
Para o diretor da associação, o país pode chegar a 2,5% dos investimentos globais em 2022; empresário do setor analisa o cenário e traça perspectivas para o mercado
Apesar de preocupantes, elementos como a inflação e a questão de este ser um ano eleitoral não devem representar um entrave para os investimentos em TI (Tecnologia da informação) no país. Segundo o estudo “Mercado Brasileiro de Softwares – Panoramas e Tendências”, realizado pela Abes (Associação Brasileira das Empresas de Software), o setor pode crescer 14,3% em 2022.
Em entrevista dada durante o evento para divulgação do estudo, em maio, o conselheiro da Abes, Jorge Sukarie Neto, afirmou que o Brasil tem potencial para representar entre 2,5% e 3% dos investimentos globais em TI, conforme publicado pelo portal Poder360.
Em 2021, o Brasil deteve 1,65% dos investimentos globais no setor, com US$ 46 bilhões (R$ 246,19 bilhões) – uma alta de 17,4% em relação ao ano precedente. O avanço foi superior à média mundial, de 11%. Com isso, o país alcançou a 10ª posição no ranking de investimentos em tecnologia no período analisado.
Em relação à América Latina, o Brasil ocupa o topo do ranking de investimentos, com 40% dos US$ 115 bilhões (R$ 615,48 bilhões) aportados para tecnologias da informação no último ano. Em 2004, esse percentual era de 36%, ainda segundo a associação.
Para Leandro Garcia, sócio-diretor da Kafnet, empresa de soluções em tecnologia, o crescimento projetado demonstra que empresas, cada vez mais, buscam a sua atualização, melhora em seus processos e maior qualificação das informações que possuem.
“Estamos na era da informação. O termo é repetido como um mantra, mas é uma realidade e necessitamos dar esse passo, principalmente para tratar melhor as informações que surgem”, afirma Garcia.
Segundo uma publicação do Blog da Conjuntura Econômica, do FGV IBRE (Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas). as circunstâncias em torno da pandemia de Covid-19 tiveram um papel decisivo na digitalização da economia.
Para o especialista, a década será marcada com crescimentos anuais no investimento. “Quem possui o controle de suas informações, e também como extrair as melhores respostas, já possui um diferencial competitivo importante. Em breve, em será não mais um diferencial, e sim sobrevivência”.
Crescimento esbarra na mão de obra limitada
Garcia observa que hoje, mesmo com o crescimento nos investimentos, há mão de obra limitada para diversas áreas da tecnologia da informação no país, sobretudo para desenvolvimento de soluções personalizadas.
“Temos que aumentar os investimentos, precisamos de agilidade para colocar as ações em prática. Os problemas são minimizados com a utilização de programações em low-code (baixo código, em português). A tecnologia possibilita o ganho de agilidade e, por meio de treinamentos e workshop, há facilidade para preparar uma equipe de desenvolvimento”, complementa.
Low-code, a tecnologia citada pelo sócio-diretor da Kafnet, simplifica a programação para o desenvolvimento de softwares com maior agilidade. A inovação utiliza uma combinação de modelos pré-definidos, técnicas de design gráfico e ferramentas simplificadas – e se mostra uma alternativa em um cenário em que o déficit de profissionais de TI pode chegar a meio milhão até 2025.
A projeção, publicada em um estudo divulgado em dezembro de 2021 pela Brasscom (Associação das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação e de Tecnologias Digitais) também estima que a demanda por profissionais nas áreas de software, serviços de TIC e TI In-House no Brasil deva chegar a 797 mil vagas nos próximos três anos.
Para mais informações, basta acessar: https://www.kafnet.com.br/
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