Acusado de assalto é espancado por mototaxistas em Teixeira e acaba morto a tiros
Na noite desta terça-feira, dia 16 de maio, moradores do Bairro Tancredo Neves, na região oeste de Teixeira de Freitas, presenciaram um ato de violência “Tribunal do Crime” ocorrido em plena via pública e praticado por mototaxistas da cidade. Segundo as informações iniciais, a execução aconteceu na Travessa Vista Alegre, onde dezenas de motofretistas invadiram a casa onde estava a vítima, que supostamente havia assaltado um deles durante a festa que comemorou os 32 anos de emancipação política de Teixeira de Freitas.
Na filmagem feita pelos próprios mototaxistas e que está circulando nas redes sociais, é mostrada claramente a ação dos criminosos, que invadem a casa simples, retiram o homem do seu interior e o executam a tiros, socos e pontapés. O número de disparos é tão alto, que compara-se aos ouvidos numa guerra. Alguns dos assassinos, aparentemente transtornados, após perceberam o homem morto em meio a muito sangue, ainda proferem palavras de baixo calão e comemoram.
Veículos de comunicação das mais diversas partes do país estão fazendo contato com a imprensa teixeirense, querendo saber mais detalhes sobre o caso, que vem sendo comparado com as ações terroristas do “Estado Islâmico”.
As informações dão conta que a selvageria criminosa foi praticada por mototaxistas de variados pontos da cidade, mas como a ação foi filmada, não é difícil para a polícia fazer a identificação. Além da prisão dos acusados, a Polícia Civil de Teixeira de Freitas, atualmente coordenada pela delegada Valéria Chaves, tem pela frente a obrigação de zelar pela Constituição, que veda o ato da justiça pelas próprias mãos.
Todos os mototaxistas, para que possam trabalhar, precisam do alvará, que é fornecido pela Prefeitura Municipal. A pressão a partir de agora é para que a Secretaria Municipal de Segurança Pública, instaure um rígido processo administrativo, visando banir os criminosos do serviço prestado à população.
Pode acontecer uma ação semelhante quando um detento, numa cela cheia de presos, é morto pela ação criminosa de um ou de parte deles. Se ninguém assumir o crime, todos pagam. As polícias Civil e Militar também devem esclarecer se os mototaxistas envolvidos na execução, possuem porte de arma, pois o número de disparos durante o “Tribunal do Crime” impressiona. (Por Ronildo Brito)